24 de abr. de 2011

CONVERSÃO EM PALAVRAS

            Palavras são instrumentos utilizados constantemente.  Palavras que aprisionam, amedrontam, escravizam. Impedem o raciocínio.
            Assim foram as palavras que escutei sobre a salvação. Você sempre é lançado em um roteiro de terror, onde as conseqüências muitas vezes são paralisantes e a gente fica sem saber para onde ir.
            Você é levado a se tornar, mesmo que não seja, extremamente infeliz, desesperado, culpado dentro do seu íntimo. Por mais que você não esteja desta forma em sua vida cotidiana. É como se toda a humanidade tivesse que pagar um preço que não é dela. Tivesse que carregar um peso que não é dela.
            A conversão vem sempre como uma resposta para seus momentos de crise, resolvendo os impasses emocionais. Os pregadores nessas horas viram mestres em Psicologia em suas palavras do púlpito, alimentando cada vez mais o estado de desespero e no final dando a solução para todos os problemas: Cristo é a resposta.
            Posso chamar isso de política do caos. Da destruição. E muito bem utilizadas. É justamente desta forma que a igreja tende a crescer, principalmente nas áreas em que os processos sociais são raros e provocam sofrimento nas pessoas. Angústia, medo da morte, problemas existenciais, culpa, pobreza, são estados de prato cheio para os evangelistas.
            O que podemos perceber é que em estados de alegria, saúde e conhecimento, além de estados de dinheiro, a ocorrência é bem menor e a linguagem do cristianismo quase não é escutada.
            Quando se adquire um conhecimento do próprio mundo que se vive, as suas descobertas passam a trazer novos horizontes e liberdade para se ter um pensamento que o leva para fora da gaiola.
            A conversão é uma solução para problemas dolorosos da emoção. Da perda de um parente, da perda de um emprego, de uma casa, um carro, ou algo que venha a afetar o equilíbrio de uma pessoa. Ela se torna parte de algo que não queremos mais sentir e ajuda a não mais voltar, impede dos problemas retornarem. Só que não admitimos que eles estejam lá, pois estamos envoltos em uma camada de palavras que nos fazem suprimir a realidade.
            Devemos então buscar um processo de cura. Não deixar que nossas convicções nos atrapalhem de tentarmos novos horizontes e novas respostas, apesar de sabermos que muitas delas são incompletas, mas que trazem novos lugares dantes não conhecidos e que se tornam parte de você e acima de tudo, possuem lógica.
            Podemos descobrir que não somos tão vermes assim como nos disseram, mas que podemos matar os vermes que nos fazem cegar. Que podemos ser parte da solução e não do problema e que temos a capacidade de conquistarmos muitas coisas.
            Kant disse que “as paixões são um câncer para a pura razão prática”, o que posso entender que, quando a razão chega, quando a descobrimos e começa também a fazer parte de nossa história, ela cala a voz das emoções e podemos nos revestir ainda de nossos sonhos e desejos com a coragem da própria lógica.
            

15 de abr. de 2011

PROPAGANDA GOSPEL

Menino evangélico ora e é poupado por atirador em Realengo


Mateus Moraes, 13 anos, orou, pediu para não ser morto e ouviu do assassino dos colegas: 'Fica tranquilo que não vou te matar' foi talvez o único aluno que teve a clemência do atirador Wellington Menezes, na Escola Municipal Tasso Vieira, em Realengo. Enquanto o criminoso disparava, frio e impassível contra seus colegas, Mateus orava perto do quadro negro, sem ser incomodado, na sala 1801, no primeiro andar do prédio da escola.
Fonte: 180graus/IG
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NOTA: Será que precisamos deste tipo de propaganda? Acho falta de respeito para com as famílias das outras vítimas e falta de respeito com as próprias vítimas que foram abatidas. Creio que perderam oportunidade de ficarem calados.
Respeitem a dor das famílias atingidas.


14 de abr. de 2011

NÃO, NÃO E NÃO!



Essa semana fui bombardeado, como os judeus por Hitler e pelo Hamas, por meus antigos "irmãos" com ameaças de que "coisas" começarão a acontecer comigo para que eu volte para a igreja. E que eu não me admire se vier a acontecer. Cuidado com minhas palavras e o que vou dizer. Terrorismo em mais alto grau.
Jogaram-me no inferno para ser mais radical.
Puxa vida, não entendo como pode isso acontecer. Nos púlpitos pregam o amor de Cristo no entanto não o vivem. São terroristas gospel. A inquisição evangélica. Afinal, eles também querem criar a sua própria e queimar seus desafetos.
Logo após, começam a falar de amor. Algo tão hipócrita e contraditório. Lobos em pele de cordeiro. 
Verdadeiramente não consigo entender e nem aceitar mais tais atitudes. E pensar que fui um dia assim.  
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